Como vender a sua marca em lojas de roupa (Video)

Numa altura em que a Internet e as Redes Sociais tomaram conta de grande parte dos negócios nacionais, é importante lembrar que as lojas físicas são ainda uma grande fatia do mercado existente. Assim, vamos dar aqui algumas dicas para conseguir entrar directamente no mercado nacional, vendendo as peças de roupa da sua autoria em lojas de roupa físicas, aumentando assim o número de clientes e até alargando o seu leque de público-alvo.

É importante referir que não é simples colocar a sua roupa à venda nas lojas físicas. Estas demoraram muito para conseguir montar o seu negócio, fizeram imensos investimentos para chegar aos clientes finais e tiveram imensas horas dedicadas ao levantamento do seu negócio de roupa. Por isso, é imprescindível que mostre à loja e aos seus gerentes as grandes vantagens que possui em ter as suas roupas à venda, trazendo novos e diferentes clientes, existindo percentagens de ganhos para ambos, etc.

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Seja cliente

Uma boa forma de conseguir a confiança por parte da gerência da loja é ser um cliente regular da mesma. Analise ao pormenor (sempre que possível e sem se intrometer nos negócios deles) a loja, os clientes e até o tipo de público que possui, conseguindo assim fazer uma proposta de negócio que seja vantajosa para ambos.

Mostre as vantagens que a loja tem em ter as suas peças à venda. Seja um cliente que compra e que gosta da roupa presente na loja, dê a conhecer a loja aos seus amigos e recomende as peças a outras pessoas, dando assim credibilidade à sua intenção como negociante e empresário.

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Tipo de Negócio

Pode pensar que vender em lojas de roupa é fácil; será apenas vender as suas peças à loja e esperar que eles vendam e a sua marca cresça. Antes fosse... são muito poucas as lojas que hoje em dia compram roupa para posteriormente fazer revenda; existem sim diferentes formas de negociar e de garantir que as suas peças são expostas nas lojas. A escolha do tipo de negócio a fazer é de extrema importância, isto porque existem várias opções que têm as suas vantagens e desvantagens. Assim, antes de avançar para o negócio, deve conversar com a loja e com a gerência para encontrar um tipo de negócio que se torne vantajoso para os dois lados.

 

Consignação - provavelmente o tipo de negócio mais popular em Portugal neste momento, funcionando como uma espécie de percentagem para ambas as partes. A percentagem assumida deve ser feita de acordo com as peças, no entanto se existir uma percentagem de 20% para a loja, em cada venda de 10€, a loja recebe 2€ como se funcionasse pelo pagamento do espaço da loja.

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Venda Directa - a venda directa é provavelmente a opção menos favorável para os criadores das peças de roupa, isto porque tudo funciona de uma forma muito directa para a loja. A loja compra as peças ao criador e posteriormente as peças são vendidas de forma independente na loja; a grande vantagem é que o criador consegue sempre o valor das peças, mesmo que estas não vendam, mas por outro lado, não sabe exactamente o lucro que o comerciante conseguirá fazer, dependendo sempre do valor que venda cada peça.

Distorção - um dos métodos mais usados no estrangeiro, funciona em termos práticos como a mistura dos dois métodos apresentados acima. Este método funciona com inúmeras vantagens para ambos os lados. O criador estipula um preço de venda para a sua peça, por outro lado a loja estipula o dobro desse valor e acaba por vender a peça.

Assim, este é um método vantajoso para ambas as partes, por um lado se é uma marca recente, com poucas peças e pouca visibilidade, é muito mais provável que consiga vender as suas peças num espaço de referência para outros clientes. Por outro lado, as lojas têm material para vender diferente do habitual, sendo uma lufada de ar fresco para os seus clientes e com a possibilidade de conseguir clientes de outro tipo e com gostos diferentes.

Existe ainda outra modificação deste método que é muito mais vantajoso para a loja do que propriamente para o criador. Neste método, denominado de Keystone, a loja poderá estipular um valor muito mais elevado para a venda do que o valor que o criador vendeu á loja. Enquanto no método de distorção a loja aumentaria para o dobro o valor pedido pelo criador, neste caso o valor pode ser muito maior. A grande vantagem é para a loja, que poderá fazer muito mais lucro com a venda de peças que são da autoria do criador independente.

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Conclusão

Em termos práticos, vender as suas roupas em lojas de roupa físicas é extremamente vantajoso. Existem vantagens para ambos os lados da parceria, porém é importante conseguir sobressair para garantir o sucesso das suas vendas e conseguir assim atingir mais rapidamente o seu grande objectivo: conseguir vendas, seguidores da sua roupa e encomendas específicas.

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25 respostas

  1. uma Dúvida... se o criador da marca vender as peças para uma loja e essa loja fizer sucesso com as peças dele, tornando a marca conhecida e lucrar muito mais do que lhe foi pago. Há algo que impeça que o criador deixe de fornecer as peças para a loja, já que seu objetivo foi cumprido, de tornar a marca conhecida e já tendo um bom capital, montar sua própria loja?

  2. Tudo depende Guilherme; se tiver algum contrato com a loja com tempo fixo, terá de cumprir o contrato. Se não houver contrato pode retirar as t-shirts em qualquer altura sem haver problemas legais.

  3. Boa tarde,

    Em primeiro quero agradecer toas as dicas que se revelam bastante úteis para quem está a criar uma nova marca no mercado.
    Tenho um questão em relação a esta situação da venda de produtos próprios em lojas já existentes.
    Não existe a possibilidade de acordar com a loja um valor desejado pelo criador, sendo que sobre esse valor é dado uma comissão à loja? Ou seja, imaginado que quero que uma peça minha seja vendida a 30€, e o valor de comissão acordado com a loja é de 30%, existe possibilidade de a loja não colocar mark-up sobre o valor e receber apenas os 30% sobre o valor de venda ao público??

    Cumprimentos

  4. bom dia ! uma dúvida!!
    em caso de deixar as peças de roupa consignadas na loja, em caso de vendas , o criador das peças corre o risco de tomar um calote , caso o dono da loja seje mal pagador ; mal administrador ou desonesto. o que fazer para que isso nao aconteça???

    grato

  5. há sempre esse risco e não há muito que se possa fazer para evitar; o nosso conselho será fazer um contrato em que esteja tudo bem explícito; valores, quantidades, datas de pagamento, etc. Ainda assim haverá sempre a possibilidade de calote mas poderá agarrar-se a algo caso pretenda seguir por uma via judicial.

  6. Bom dia Jorge!
    Tenho que fazer um contrato de consignação para uma loja muito bem localizada para poderem vender as minhas t-shirts (já têm stock!) Já me falaram a algum tempo mas só encontro exemplos de c. consignação um bocado "rebuscados" na net... Por acaso arranjam alguns exemplos?

  7. acho besteira deixar de fornecer para alguém que lhe ajudou no crescimento, é o famoso uma mão lava a outra amigo...

  8. olá Guilherme, legalmente não há problema algum em deixar de fornecer peças para a loja. Eticamente a conversa é outra; mas se quiser montar a sua própria loja e não tiver nenhum contrato de exclusividade não há nada que o impeça.

  9. olá Guilherme, legalmente não há problema algum em deixar de fornecer peças para a loja. Eticamente a conversa é outra; mas se quiser montar a sua própria loja e não tiver nenhum contrato de exclusividade não há nada que o impeça.

  10. Boa tarde

    Sabe qual a percentagem praticada no mercado em geral para percentagem cedida há loja em no caso da consignação e percentagem cedida há loja no caso de venda de colecção??

    obrigado

  11. Não há uma resposta simples nem definitiva a essa questão. Quando falamos de consignação, as margens podem ir dos 50 aos 100%.

    Por exemplo, quer vender t-shirts a 20€, a loja fica com 10€ da venda. Mas a taxa de consignação pode variar de loja para loja ou com o volume de vendas, tudo depende de como negociar. Pessoalmente, aconselho começar por 30% e ir subindo consoante a contraproposta das primeiras lojas.

  12. Bom dia. Tenho a faca e o queijo na mão. Mas não encontro lojistas. Oq eu faço?

  13. Honestamente? Procurá-los. Saia de casa, percorra a sua cidade e fale diretamente com os lojistas para colocarem a sua roupa à venda. Pode ouvir alguns "NÃO", mas eventualmente acabará por ouvir "SIM" 😉

  14. Como devo cobrar dos clientes lojistas minhas confecção, que teram o prazo de 30 dias para ser entregue após o pedido?

  15. Olá, tenho uma loja online de bijuteria , queria saber mais informações , quero colocar algumas peças em lojas de roupa, cabeleireiros etc da minha cidade , os artigos já tem preço definidos, seria colocar na loja , qual a % de deveria pedir ,qual o procedimento que tenho de fazer em relação a papelada ? Estou legal nas finanças e gostava de saber , pois não sei como o fazer

  16. A Mariana vai vender de que forma, consignação, venda direta às lojas?
    De qualquer forma, em princípio a Mariana vai vender à loja. Essa loja é que posteriormente vende ao cliente final.

    Se estiver à consignação, quando a loja vender uma das suas peças, emite fatura sobre o que ela vendeu.
    Se for venda direta e a Mariana vender uma série de peças de uma só vez, emite fatura sobre a totalidade dos artigos.

    O importante é só emitir fatura sobre o valor que lhe é pago. Não deverá emitir fatura por deixar uma série de peças na loja sem estarem vendidas.

    Em relação à percentagem, deverá negociar com cada loja e dependendo do valor dos seus artigos. Pode pedir 10% ou 100%, tudo depende do valor de mercado da sua bijuteria e de quanto quer ganhar

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