A sustentabilidade está na ordem do dia e são cada vez mais as opções disponíveis no mercado para obtermos um produto totalmente ecológico na personalização de roupa.
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Apesar da muita falta de informação (ou informação contraditória), há algumas certezas que temos. Nunca nos têxteis promocionais foi possível produzir de forma tão sustentável como hoje.
Então, qual o método de personalização mais indicado para quem quer criar uma marca de roupa sustentável ou ecológica?
Ao longo deste artigo vamos descrever as diferenças entre a serigrafia, impressão direta e bordados, enquanto analisamos as vantagens e desvantagens de cada uma no que a sustentabilidade diz respeito.
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BORDADOS
Os bordados são um método relativamente sustentável e ecológico. As máquinas de produção consomem pouca energia e toda a preparação dos ficheiro é digital, não sendo necessárias preparações que consomem muitos materiais. Será este um método de produção sustentável?
À partida sim. Apesar de utilizar linhas de poliéster, uma única bobine pode ter milhares de metros de linha e permitir personalizar dezenas de artigos.
Para nós, o grande problema encontra-se em ainda não existir no mercado uma entretela (o que se coloca por detrás do bordado para o segurar e não amarrotar a peça de roupa) que seja reciclável. Significa isto que todos os restos da entretela obrigatoriamente têm de ir para o lixo.
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SERIGRAFIA
A serigrafia tem evoluído muito nos últimos anos. Dar uma nota de sustentabilidade à serigrafia é muito difícil porque irá variar sempre de estamparia para estamparia. Por esse motivo vamos falar sobre nós e as nossas práticas.
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A serigrafia utiliza uma série de processos analógicos e que consomem água, químicos, plásticos, etc, ainda antes de uma única t-shirt sem impressa.
Já aqui falámos sobre as mudanças tecnológicas que implementámos nos últimos anos e como nos ajudaram a evoluir os processos. Uma consequência dessas evoluções foi tornar todo o processo mais sustentável.
- Apesar de um crescimento de 100% em vendas nos últimos 5 anos, hoje gastamos a mesma quantidade de água que utilizávamos em 2015;
- Com a introdução de uma máquina CTS (Computer to Screen) eliminámos por completo rolos de filme (papel transparente) que era de utilização única;
- Existe no mercado - e utilizamo-los - químicos ecológicos que podem ir com segurança para a rede pública;
- O nosso consumo energético é hoje 50% do que era há 5 anos com a introdução de painéis fotovoltaicos na empresa e atualização de alguns equipamentos.
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Com estes exemplos conseguimos perceber a quantidade de evoluções que a serigrafia sofreu nos últimos anos nas nossas mãos. No entanto ainda é um método com muito desperdício e com algumas práticas que não são muito "eco friendly" (ou sustentáveis).
Desde o elevado consumo de energia, passando pelas tintas plásticas, a serigrafia produz uma quantidade considerável de desperdício que apenas é mitigado pela economia de escala (quantidade de desperdício x quantidade de peças impressas). Dos três métodos de que falamos hoje é, na nossa opinião, o menos sustentável.
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IMPRESSÃO DIRETA
Também a impressão direta tem sofrido uma evolução muito grande no mercado e nas nossas mãos.
Recentemente atualizámos as nossas infra-estruturas com novos equipamentos que consideramos mais sustentáveis.
- Utilizando tintas à base de água com certificação ecológica, é aqui que se destaca dos restantes métodos de personalização;
- Com toda a preparação feita digitalmente (tal como os bordados e ao contrário da serigrafia), o desperdício e consumo é igualmente zero;
- Com uma cada vez maior capacidade de produção, o custo energético por artigo produzido é igualmente inferior, tornando-o mais ecológico;
- O nosso novo sistema de estufa (um tapete por onde a peça de roupa passa e a tinta é curada) deixamos de utilizar qualquer tipo de papel ou plástico, acabando com qualquer tipo de desperdício.
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Claro que de pouco vale ter um método de produção ecológico se posteriormente utilizamos roupa não ecológica. Aconselhamos sempre a utilização de t-shirts orgânicas, especialmente da B&C e Kariban, já que aliam as vantagens do orgânico a uma grande selecção e um custo baixo.
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Da lista que apresentámos acima, qual o seu método favorito e qual considera mais ecológico?
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