O dropshipping chegou a Portugal e veio para ficar.
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Depois de alguns anos com pedidos intermitentes, em 2020 sentimos que definitivamente o dropshipping chegou e todos os dias temos mais pedidos para trabalhos à unidade.
Mas será esta uma boa estratégia?
Entendemos perfeitamente a razão dos clientes em quererem fazer trabalhos à unidade. Menor risco financeiro, menor possibilidade de ficar com stock "pendurado".
Mas este não é um método sem riscos. E o maior risco é - na nossa humilde opinião - precisamente aquela que é apontada como vantagem; o menor risco.
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A vida é feita de risco. Se não arriscarmos, não nos agarramos a nada. Se não arriscarmos, não nos vemos sem tapete por baixo dos pés e não somos obrigados a batalhar.
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A partir do momento em que não assumimos qualquer risco com uma marca de roupa, o que é que nos agarra a ela? Se não soubermos que somos forçados a vender para recuperar o investimento, será que vamos mesmo batalhar pelo sucesso do projeto ou vamos desistir muito mais rápido?
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O que temos visto nos últimos meses é que há bastantes projetos de marcas de roupa em regime de dropshipping a querer arrancar mas que nunca arrancam definitivamente. E que os projetos com stock, tendencialmente, têm mais vendas e reprints num curto espaço de tempo.
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Porquê? Precisamente pelo descrito acima.
Quem arriscou 300/500€ em stock de roupa, sabe que precisa de a vender. Sabe que é um empreendedor e que tem de se mexer para avançar porque senão perde o dinheiro.
Quem - por outro lado - não tem absolutamente nada a perder, também não vai fazer o mesmo que faria se tivesse realmente investido algo. Precisamente porque não há absolutamente nada em risco. Mantém a sua vida confortável e se vender, porreiro. Mas não levará o negócio a sério porque nada depende das vendas.
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Isto é factual tanto na criação de uma marca de roupa como em tudo na vida. Se não arriscarmos.... que temos nós a ganhar? Zero.
Fica para pensar 🙂