DTG (direct to garment) e DTF (direct to film) são os dois métodos digitais que usamos em produção, e ambos sofrem bastante com as variáveis de ambiente. A diferença é que o DTG é ainda mais sensível porque imprime diretamente no algodão, enquanto o DTF tem alguma consistência extra graças ao filme e pó adesivo — mas também nunca é 100% igual.
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A impressão digital em têxteis revolucionou o mercado da personalização. Hoje em dia, com DTG (Direct to Garment) e DTF (Direct to Film), é possível produzir estampas com detalhe fotográfico, cores ilimitadas e quantidades reduzidas sem custos de preparação.
Mas há algo que os clientes muitas vezes não sabem: é praticamente impossível garantir que dois trabalhos sejam 100% iguais.
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O DTG: impressão direta no tecido
No DTG, a tinta é aplicada diretamente nas fibras do algodão.
Isso significa que tudo o que rodeia a produção — temperatura, humidade e até o lote do tecido — influencia o resultado.
- Num dia seco e frio de janeiro, a tinta pode ser absorvida de forma mais rápida.
- Num dia quente e húmido de agosto, o comportamento é completamente diferente.
Mesmo mantendo os mesmos ficheiros, tintas e configurações, estas condições externas fazem com que a estampa tenha pequenas variações de cor, saturação ou textura.
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O DTF: consistência com algumas limitações
O DTF surgiu como alternativa ao DTG, oferecendo maior versatilidade em diferentes tipos de tecido.
Aqui, a impressão é feita num filme especial, ao qual se aplica um pó adesivo que depois é transferido para a peça com calor.
Este processo dá-lhe mais consistência do que a impressão direta, porque não depende tanto da reação direta das fibras do tecido.
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No entanto, continua a ser influenciado por fatores como:
- a forma como o filme reage à humidade,
- o comportamento do pó adesivo na aplicação,
- a pressão e a temperatura da prensa térmica.
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Resultado: também no DTF é impossível garantir duas impressões absolutamente iguais, sobretudo se compararmos produções feitas em meses diferentes.
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Porque é impossível reproduzir janeiro em agosto
A principal razão é simples: as condições atmosféricas nunca são as mesmas.
Na Maudlin, fazemos todos os esforços para manter o ambiente de produção estável, mas não é possível replicar em agosto os mesmos níveis de humidade ou temperatura que tivemos em janeiro.
E como DTG e DTF trabalham com tintas à base de água, sensíveis a estas variações, o impacto na impressão é inevitável.
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Como a Maudlin garante consistência
Apesar destas limitações, na Maudlin implementamos processos que reduzem ao mínimo as diferenças:
- calibramos e limpamos regularmente as máquinas,
- usamos sempre tintas originais e certificadas,
- controlamos a temperatura e a humidade do espaço de produção,
- testamos antes de iniciar produções maiores.
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O objetivo é que, mesmo com as variações naturais, a qualidade final seja sempre alta e dentro do padrão esperado.
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O que o cliente deve saber
Ao pedir uma reimpressão, é importante compreender que:
- em DTG, a estampa pode apresentar pequenas diferenças de cor ou intensidade em relação a um trabalho anterior;
- em DTF, a consistência é maior, mas ainda podem existir variações subtis devido ao ambiente ou ao próprio processo de transferência.
Estas diferenças são geralmente impercetíveis para a maioria dos clientes.
No entanto, em projetos que exigem cores extremamente específicas e repetibilidade absoluta, a impressão digital nunca será tão estável como a serigrafia tradicional.
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Conclusão
Tanto o DTG como o DTF oferecem vantagens únicas na personalização de roupa, mas ambos estão sujeitos a condições que não podem ser replicadas de forma exata.
Na Maudlin, garantimos qualidade e consistência dentro do possível, mas sempre com a transparência de explicar que nenhuma impressão digital pode ser igual a outra em 100% dos detalhes.
E é precisamente isso que torna cada peça única.