ENTREVISTA à Mukua

Estivemos recentemente na Portugal Print, onde tivemos a oportunidade de falar com o representante da Mukua, Paulo Raposo.

Aproveitámos o momento para lhe colocar algumas questões sobre a marca e sobre a forma como ele vê o futuro dos têxteis promocionais. Uma entrevista extremamente interessante para ler apenas aqui, no nosso blog.

Jorge Vieira (J): Olá pessoal, daqui é Jorge Vieira para a Maudlin Merchandise e estou aqui com o Paulo Raposo da Mukua. Vamos fazer-lhe umas pequenas questões e falar um bocadinho sobre a Mukua, os têxteis promocionais e o futuro.

Paulo, antes de mais boa tarde.

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Paulo Raposo (P): Boa tarde.

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J: Fale-me um bocadinho sobre a Mukua, diga-me porque é que os clientes devem optar pela Mukua e não por outra marca nacional ou internacional.

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P: Em primeiro lugar queria agradecer à Maudlin pela gentileza e pela proeza de virem entrevistar.

A marca Mukua é uma marca desenvolvida por nós, é estudada por nós pela tendência nos mercados nacionais e alguns mercados internacionais onde nós actuamos efectivamente, neste caso africanos e alguns orientais. Têm sido produtos baseados nas tendências e necessidades que esses mercados procuram e nós tentamos adaptar a nossa marca às tendências futuras, também.

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J: Muito bem. Vocês lançaram o ano passado a linha Dynamic, que é uma linha mais virada para a moda, com cortes mais justos e algumas características diferentes. Vocês têm um público alvo diferente para esta linha. Quem é esse público alvo e porque é que ele vai gostar da linha Dynamic?

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P: A linha Dynamic foi criada para suplementar também o negócio da nossa venda de têxtil mais vocacionada para lojas de retalho. O mercado está muito cheio de Zaras e outras marcas. Toda a gente vai ao shopping e encontra exactamente a mesma coisa  seja em Portugal ou Espanha e inclusivamente noutros países. É uma linha para inovar e fazer a diferença do que o mercado está cheio. Para ajudar a distinguir e ter um produto de valor acrescentado para ajudar na venda dos nossos produtos.

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J: É já um artigo virado para a moda. É promocional, não tem o objectivo de ser promocional, tem o objectivo de estar num espaço comercial para venda ao cliente final. Isso é extremamente importante.

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P: É bom frisar que são produtos totalmente novos, pensados num projecto lifestyle para marcar a diferença também. Penso que todas as marcas têm um pouco de adaptação nesse sentido, o que faz todo o sentido marcar pela diferença visto que o mercado está cheio do mesmo.

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J: Quem vê uma t-shirt promocional standard, que é aquela t-shirt que todos conhecemos. Quem vê uma da Mukua ou de outra marca, não há grandes diferenças. Eu gosto muito da Mukua e trabalho muito com a Mukua mas a realidade é esta. São pequenos pormenores. Com esta linha dynamic ou com t-shirts de gramagens mais elevadas que vocês têm tem ali um valor acrescentado e leva algo mais.

Uma das coisas que gosto muito na linha dynamic é que têm um tratamento enzimado, com banho de enzimas que lhe dá uma característica diferente.

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P: Portanto, o tratamento de enzimas. A parte do elastano é para tornar a peça mais suave e a parte enzimática é para que as impressões fiquem com mais vivacidade, para ser um produto desenvolvido para ter impresso —————-, tanto na serigrafia como na impressão digital e são optimizados através de enzimas para ser optimizado nesses processos de produção. E testados também antes de serem colocados à venda para serem personalizados da mesma forma para que não corram riscos de mau brilho, para que seja um produto que marque pela ciência. Todos os produtos que nós vendemos - e o Jorge sabe, já é nosso cliente há 10 anos - todos os produtos que vendemos em têxtil são previamente testados nas diversas formas de personalização, tanto na linha digital, como em serigrafia como através de transfer e são sistematicamente lavados para ver a deformação e tentamos sempre que o nosso produto chegue ao nosso cliente com o mínimo de problemas.

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J: A minha próxima pergunta é essencialmente o que é que distingue a Mukua das outras marcas promocionais desta área?

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P: Na minha opinião o que distingue a Mukua das outras marcas é o perfeccionismo que temos pela marca, o estudo que fazemos perante os nossos clientes para saber as tendências nacionais e internacionais de mercado. como todos nós sabemos é um mercado bastante ingrato e difÍcil de satisfazer por várias razões que conhecemos, por vários pormenores de stock, de tamanhos, de logística e todas essas coisas difíceis entre aspas, faz com que o negócio vá a bom porto.

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J: Uma coisa que sempre questionei é que passos é que vocês dão, o que têm conta quando fazem uma nova peça? O que é que tiveram atenção para a vossa camisola camuflada? Vocês ouvem os clientes, vão perguntar, o que é que fazem?

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P: É muito fácil e simples. a primeira coisa é ter um call center que toca 10h/dia e nessas 10 horas são atendidos 500 clientes e todos os dias é perguntado a nós se têm isto. se têm aquilo. Temos a nossa equipa de comerciais na rua, nos clientes todos os dias a perguntas e isso vem definitivamente do contacto directo com o público, de avaliar as outras marcas porque temos de avaliar a nossa concorrência para nos posicionarmos no mercado e o mercado em Portugal nisso é bastante competitivo e temos de nos posicionais em preço e qualidade e Stock, também faz muita diferença. Basicamente a nossa fonte são os nossos clientes e o Feedback que nos vão dando todos os dias.

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J: Uma das questões que os nossos clientes - que estão a ver isto - mais nos colocam é sobre a troca de etiquetas. Tem sido uma área onde tem havido um crescimento muito grande, toda a gente quer a sua própria marca e mesmo que não seja a sua marca, querem uma etiqueta, mas de vez em quando fazem-nos uma pergunta que é um bocadinho difícil de responder e eu achei que vocês eram o fornecedor ideal para nos responder a isto. É legal ou ilegal fazer troca de etiquetas, a Mukua tem alguma coisa contra isso, levanta algum problema? Acaba por ser aqui uma zona um bocadinho cinzenta…

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P: Não é cinzenta. Nós próprios fomos os criadores da etiqueta removível e do projecto Label 4 You. Se analisarmos a nossa concorrência, para ganharem mais cota de mercado, todos aplicaram este tipo de produto nas suas peças. Não é de todo ilegal desde que quem vai personalizar a peça discrimine o que é legal.

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J: Estamos a falar de tamanho, composição e informações de lavagem/passar a ferro. São estas 3 coisas que são obrigatórias nas peças.

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P: São obrigatórias, assim como também a marca. Se sobrepor a minha marca, tenho de identificar a marca.

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J: Tenho agora uma última questão. para terminarmos esta entrevista. Como é que vê o panorama promocional daqui a 5 anos?

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P: O que vai mudar nos próximos anos. Portanto, a linha de algodão em Portugal está cheia, o mercado está cheio e vai existir novos produtos que já existem mas com linhas de poliéster que vai proliferar muito mais que o algodão. Vai ser a tendência da moda futura. A linha de algodão vai-se manter mas não numa questão promocional mas numa questão mais lifestyle.

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J: Vamos então assistir à sublimação como método…

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P: … como método promocional.

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J: Torna-se interessante quando olhamos para o mercado promocional hoje, com o crescimento da impressão directa, com a revolução na serigrafia que está a tornar-se mais digital e vamos ter também a sublimação.

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P: A sublimação que é já um processo bastante desenvolvido, que também comparativamente com outros é um processo muito mais barato, daí a questão de a sublimação futuramente irá passar à frente por questões de preço. Ou seja, será um produto que, na minha opinião, vai passar à frente. Daqui a 5 anos poderá não acontecer mas que futuramente irá acontecer, ou então haverá um novo produto que vai substituir o algodão, que pode ser de t-shirts recicladas…

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J: … Sim, já se fala em t-shirts de garrafas recicladas. eu vi alguém com uma marca internacional com uma gama que vai lançar nos próximos 2 anos com materiais reciclados. Fiquei muito admirado. Não é algo para já mas já estão a começar a publicitar.

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P: É possível, porque isto tem fios, fios para composição têxtil que da primeira vez que vi - e o jorge também deve ter visto - foi no regresso ao futuro II, são casacos que se adaptam a qualquer também, mas inclusivamente existe um fio - e vi isso numa fábrica têxtil - que é um fio termoretráctil. Ou seja, ainda não está tão sofisticado mas para a confecção de luvas já existe isso. Só existe um tamanho único e com o calor da mão ela adapta-se à própria mão. Bastante caras também. Existe uma marca que já está a utilizá-las também na sua unidade operacional que é a Ferrari. Já fazem testes com grandes marcas também.

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J: Isso é bastante interessante e faz-me lembrar também uma notícia que li ontem sobre umas sapatilhas da Nike e que estão agora a colocar em causa pelo Comité Olímpico ou pelo Comité Internacional (de atletismo) se não terão molas já que a Nike promove que elas aceleram a pessoa até 4% a utilizá-las E estamos aqui a falar de luvas que se adaptam, de sapatilhas que correm mais rápido. Mas realmente há coisas aqui bastante interessantes que estão a acontecer e que nos próximos 5 anos vão entrar.

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Fiquei bastante admirado com a resposta da sublimação ou das peças em poliéster, apesar que ao mesmo tempo estou a ver muitas marcas a lançar muitos artigos poliéster por isso também não é … é mais uma má notícia do que…

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P: … está a proliferar muito ao longo deste tempo, nota-se perfeitamente. Até na redução de custo numa.. isto vai baixando e porquê? A própria China está-se a impor nisto porquê? Eles de algodão não têm mercado para pôr no mundo à venda, a única forma que eles têm de colocar produto deste género e ser competitivo é nos poliésters e está aí a grande aposta deles, tanto nisto como em equipamentos como nas próprias tintas para fazer as personalizações. Penso que vai ser o artigo mais promocional que os promocionais vai ser esta parte, o poliéster.

estampagem têxtil

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4 respostas

  1. Legal a matéria Jorge. Tenho uma dúvida: Posso usar o logo e nome de uma empresa montadora de veiculos, como ford, chevrolet, citroen, renault, kia em chaveiros para vende-los? Eu estaria violando alguma lei de proteção a marca registrada? Ou por ser um acessório, que a empresa não produz, não existe violação? Seria até uma propaganda gratuita.

  2. Olá Rodrigo,
    A partir do momento em que uma marca tem o nome registado, não a pode utilizar para mais nada. Até pode querer colocar "Ford" num frigorífico, que não o pode fazer. Estaria a levar os clientes a acreditar que aquele artigo era feito pela marca e não por alguém que não está ligado à mesma.

    Muita atenção nestes assuntos, as multas são muito grandes e pode acabar em tribunal.

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