O DTF chegou ao mercado recentemente e levou a muita discussão na indústria sobre qual o seu papel é que métodos de personalização poderá substituir, sendo uma das opções o DTG (impressão direta).
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Deste lado temos uma opinião um pouco diferente da da maioria e achamos que são métodos de personalização de roupa que se complementam.
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Quais as diferenças entre DTF e DTG?
A impressão direta é, como o nome bem indica, uma impressão feita diretamente no tecido. Ou seja, imprimimos com tinta diretamente sobre o tecido. É ao dia de hoje a impressão mais suave e com melhor toque que encontramos na indústria.
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O DTF, por seu lado, ainda utiliza plásticos, ainda que sejam apenas na transferência.
Ao contrário do método anterior, neste caso não imprimimos diretamente na roupa. Trata-se de tinta por cima de uma película transparente que será posteriormente removida aquando da prensagem em roupa.
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Quando devo utilizar o DTF ao invés da impressão direta?
O DTF é perfeito para impressões em artigos um pouco mais complicados de personalizar. Brindes como mochilas ou carteiras são óptimos. Bonés personalizados em DTF são também mais fáceis de produzir do que com DTG.
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A impressão direta precisa de um substrato liso e em algodão (idealmente 100% algodão), o que limita um pouco a sua utilização a estampagem de T-shirts e alguns modelos de sweatshirts com 80% algodão (ou mais).
Tem também algumas desvantagens ao nível de marcas de pre tratamento (por vezes pode-se notar uma pequena marca de líquido à volta da impressão - sai na primeira lavagem).
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Já o DTF funciona perfeitamente para artigos com 50% algodão ou até menos, abrindo consideravelmente o leque de opções para personalizar. Ao não precisar de pre tratamento na personalização têxtil pode ser uma vantagem para algumas pessoas.
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Que tipo de toque devo esperar de cada método?
Neste caso o “vencedor” será uma questão de gosto pessoal, já que todos valorizamos algo diferente.
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A impressão direta pode ter muito ou pouco toque na impressão, dependendo de uma série de fatores.
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Em fundos claros a impressão direta não terá toque algum já que não precisa de tinta branca (esta é a camada que dá algum toque à impressão devido aos metais pesados) nem de pre tratamento.
Em fundos escuros precisamos de utilizar a tinta branca, permitindo aí sim, algum toque. Este toque é suave em imagens mais pequenas mas para imagens grandes pode-se tornar um pouco “pastoso”. Nunca é um toque grosso porque utiliza tintas à base de água mas sente-se sempre algo.
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Em DTF não há qualquer distinção entre fundos claros ou fundos escuros já que o processo e o método são sempre iguais.
Nesta opção de impressão têxtil imprimimos - como referido acima - tinta para uma película de transporte e ao fundir a imagem à peça de roupa acaba por ficar transferido apenas tinta no tecido. Ainda assim, devido ao processo de impressão a tinta parece sempre um pouco plastificada. Quanto maior a impressão, mais plastificada está irá parecer.
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Qual a melhor opção para personalizar roupa?
Esta é uma análise que tem de ser feita caso a caso. Pessoalmente sou fã de impressão direta. Continuo a achar que tem uma óptima qualidade visual e durabilidade. Permite-nos muita flexibilidade na peça de roupa e um toque premium.
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No entanto admito que o DTF me surpreende com frequência.
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Ao dia de hoje diria que para artigos 100% algodão ou com imagens muito preenchidas (área de impressão grande) , optaria pela impressão direta.
Para artigos com áreas de impressão muito pequenas e que precisem de detalhe, o DTF é possivelmente a melhor opção do mercado, bem como em artigos difíceis de personalizar como fardamento profissional.