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TRANSCRIÇÃO
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Olá malta! Jorge Vieira com mais um vídeo aqui para a Maudlin Merchandise e aqui está, hoje vamos falar do mesmo de sempre mas eu vou-vos dizer como é que eu começaria uma marca de roupa neste momento.
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Ora, este vídeo tem como base um artigo que foi escrito no nosso blog. Aqui está, como começar uma marca, como eu começaria um marca de roupa, por isso vão a blog.maudlinclothing.com se quiserem ter esta informação mas, por isto bem, mas um bocadinho mais estruturada.
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Ora eu no blog, o que é que eu fiz? Eu dividi por partes, temos aqui uma secção ou uma série de secções diferentes.
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Por isso, se fosse eu a começar uma marca de roupa, primeiro ponto poderíamos falar sobre o orçamento disponível. Ora, eu já vos disse aqui que eu comecei a Maudlin Clothing, na altura, enquanto marca de roupa com um investimento de 90 euros e a verdade é que eu já vi várias marcas a terem sucesso com pequenos investimentos 50, 100, 500 euros e já vi outras tantas marcas a terem um falhanço gigantesco com investimentos de 1000 e 5000 euros. Isto para dizer que o orçamento não é o que mais importa, na verdade é o que menos importa muitas vezes, é óbvio que é necessário, para não dizer, deixem-me tentar meter-vos mais direitos, que é para não dizer obrigatório ter algum orçamento decente para conseguirmos fazer um trabalho decente, mas não vamos aqui pensar que o orçamento é que vai definir o sucesso da nossa marca, as nossas vendas. Para mim, do meu ponto de vista, aquilo que mais interessa é a perseverança, é hustle, é o trabalhar, trabalhar, trabalhar. O sucesso só vem com trabalho independentemente da quantidade de dinheiro que lhe atirar-mos para cima. Por isso, não é necessário investir muito, óbvio que se investirem muito e investirem connosco tanto melhor, mas trabalhem com inteligência, diz-se em inglês “work smart not hard”. Por isso, este é logo o primeiro ponto. Se fosse eu, não começaria com um investimento gigantesco sem saber em que é que me estava a meter, iria trabalhar muito, mas muito mesmo não pensaria tanto em dinheiro.
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Segundo tópico, “O tema ou o motivo de uma marca de roupa”, para mim este é muito importante. É preciso saber qual é que vai ser o tópico que nós vamos usar para a nossa marca de roupa, quem é o nosso público alvo, qual é o nosso nicho. E eu tenho-me apanhado muitas vezes aqui nestes vídeos a falar sobre skaters, surfistas, um nichozinho aqui, um nichozinho ali, golf e afins, mas não é preciso estar tão preso a um pequenino tema, podemos ir a dois ou três temas ou podemos ir a tópicos e a nichos um bocadinho maiores.
Eu aqui neste artigo falei sobre, e deixa-me ver, sobre geocaching e carros antigos, e eu usei estes dois segmentos por uma razão, porque um é muito diferente do outro, pessoal que gosta de geocaching, que faz geocaching nas florestas, normalmente, são pessoas que se calhar não têm tanta capacidade financeira, e eu não estou aqui a dizer mal de ninguém, deixem-me baixar aqui um bocadinho, não estou com isto aqui a querer dizer mal seja de quem for, mas habitualmente são pessoas que têm hobbies que não necessitem de investimento, por isso são pessoas também que provavelmente não estarão dispostas a pagar muito por uma t-shirt alusiva ao geocaching.
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Já se estivermos a falar de alguém que gosta de carros antigos, que remodela e renova e compra e vende carros antigos e que anda com eles de um lado para o outro em feiras e em festas e afins, normalmente são pessoas com capital e que estarão mais disponíveis para pagar mais por um artigo, apenas por capricho se for preciso. Por isso, antes de nós sabermos qual o ponto seguinte, que é “o price point”, nós temos de saber exatamente quem é o nosso público-alvo, com isto nós vamos saber se podemos colocar um t-shirt muito cara ou se temos de colocar barata. Estes foram aqui dois nichos que eu arranjei rapidamente.
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Ora bem, então, é isto mesmo “O price point” e o público-alvo são coisas muito importantes, também, porque se temos um público-alvo que não está disposto a pagar mais de 20 euros por uma t-shirt, nós não a podemos colocar à venda a 30, temos de a colocar a 19, a 21, tentar esticar ali um bocadinho ou estar conservadoramente dentro do orçamento destas pessoas e isto vai também depois ter impacto no tipo de artigo que vamos fazer, se vamos usar t-shirts de 190 gr ou usar uma de 150, se vamos colocar etiquetas em tecido se não vamos, há aqui uma série de coisas.
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E só porque estava agora aqui a falar disto , voltando aqui ao exemplo do geocaching, o geocaching é algo que se faz na rua, habitualmente, ou 99% das vezes é algo que se faz ao ar livre, como eu disse, num pinhal ou numa floresta, num fim do mundo qualquer.
Ora, habitualmente são coisas ou são locais que são quentes, por isso nós não podemos usar uma t-shirt de 190 gr se não as pessoas vão assar com aquilo vestido, já se estivermos a falar dos carros antigos se calhar a pessoa vai até pagar mais pela t-shirt, até vai aceitar pagar mais 5 euros por ela e aí já temos margem para uma t-shirt de maior qualidade, com mais pormenores, com corte diferente, eventualmente, já com costuras laterais. O público-alvo e o price point a que nós colocamos a nossa marca à venda terá, também, a ver depois com o tipo de artigo que nós vamos seleccionar para vender a essas pessoas. Há aqui vários problemas e o pormenores que nós temos obrigatoriamente de ter em atenção, que é para fazer um artigo, uma peça de qualidade dentro daquilo que a pessoa está a espera de pagar.
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Ora bem, já falei então aqui, acabei por falar dos pormenores e dos detalhes da marca e fica a faltar “O canal de venda”.
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Ora, eu sou um filho da internet, é mesmo assim. Se fosse eu, obviamente, optaria pela venda online. Não vejo outra forma, para mim, com o meu skill set, com as coisas que eu sei fazer não vejo grande vantagem em ir para o o offline, ir para lojas e afins. Eu até sou bastante crítico da forma como as lojas fazem as transações de roupa e se forem ao blog, a este artigo, vocês vão ver lá um link a explicar exatamente o porquê. Por isso, o meu canal online, o meu canal de vendas seria sempre online, seja através do Facebook, site pessoal ou usando Bigcartel ou outro intermediário, uma loja ali pelo meio, Etsy e afins. Já agora, para estes dois nichos, são dois nichos, o geocaching e os carros antigos, em que é possível ter uma presença física e de forma muito fácil, por exemplo, aqui em Aveiro nós temos automobilia, alguma coisa assim, que todos os anos há um determinado evento com vários carros antigos, estão lá os donos, estão lá apreciadores e isto há um bocadinho por todo o país durante todo o ano, quem tiver uma marca de roupa direcionada para estas pessoas pode andar pelo país de um lado para o outro, a montar uma barraquinha e a vendar nestas feiras, possivelmente será uma forma económica e rápida de chegar directamente ao consumidor.
Acredito, apesar de não saber, mas acredito que haja também encontros nacionais ou até internacionais de amantes de geocaching é outra forma de chegar lá e isto presencialmente. Depois, através do mercado online, ter um site vale o que vale, não vale assim tanto se as pessoas não conseguirem lá chegar, por isso, mais um bocadinho para baixo, por isso, uma coisa que é perfeitamente exequível é ir a sites que falem do tema, de certeza que há sites de geocaching onde as pessoas vão para encontrar as pistas ou as coordenadas ou o que quer que seja, que eu não faço ideia, de certeza que alguém vos vende ali um espaço de publicidade para vocês colocarem lá o vosso banner e através disso conseguem fazer um targeting muito especifico aos clientes.
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Isto já é uma dica um bocadinho mais avançada, mas quem perceber um bocadinho de internet e de como estas coisas da venda online funciona conseguirá perceber do que é que eu estou a falar, quem não souber de certeza que tem algum amigo nerd ou geek que conseguirá chegar lá ou então escrevam aqui nos comentários e eu também posso explicar um bocadinho como é que isto funciona.
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Finalmente, “Método de personalização”. Como é que eu estamparia as t-shirts, o que é que gosto. Isto aqui não vou falar muito de qualidade, vou falar unicamente daquilo que é exequível e como é que se pode fazer. Para estes dois exemplos, eu optaria ou pela serigrafia ou pela impressão direta e optaria pela serigrafia se eu fizesse coisas com quantidades altas, se eu quisesse investir de imediato ou bastante dinheiro e faria impressão direta se eu quisesse fazer ao bocadinhos, uma coisinha aqui outra coisa ali.
É importante saber que são dois métodos de personalização diferentes, as possibilidade são completamente diferentes entre um e outro, por isso estudem um bocadinho sobre os métodos de personalização. Eu, também, vou colocar aqui em cima, há-de haver aqui um bonequinho com essa informação.
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E pronto e é isto.
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Queria só dizer que ter uma marca de roupa não é uma coisa fácil, voltando um bocadinho ao início, mais do que o dinheiro que se investe é a perseverança, é quando estamos no limite do “já não consigo mais” “já não aguento mais isto”, “ isto não está a funcionar”, fuçar um bocadinho mais, dar-lhe um bocadinho mais de força e a única forma de ter sucesso é, seja numa marca de roupa, seja numa empresa, seja o que for, foquem-se naquilo que vocês bem fazer e ataquem com todas as vossas forças. façam disso a vossa vida. Eu falo um bocadinho, também, sobre este problema do fuçar, do forçar, do dar tudo, no blog no artigo, também, falo sobre isso. O nome do artigo é uma vez mais “ Como eu começaria uma marca de roupa”, não se vê, e não, pronto. Eu hei de colocar o link na descrição em baixo, não há crise.
E é isto, este vídeo já vai longe ou já vai longo. Muito obrigado e até a próxima.
Obrigado,
2 respostas
Eu gostaria de criar uma marca de roupa desportiva. Com duas linhas. Sabe de alguma fábrica do seu conhecimento que o faça ?
Obrigada.
Roupa desportiva é algo difícil. Quer confecção ou personalização da roupa?