O que todos podemos aprender com a Supreme

Possivelmente já ouviste falar da Supreme, uma marca de roupa de streetwear americana que de um momento para o outro parece estar em todo o lado.

Ora, eu pensava que tinha sido um sucesso repentino, algo que de um momento para o outro se tornou moda. Fiquei extremamente surpreendido quando percebi que estavam muito longe disso!

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Na verdade a Supreme já existe desde 1994, são mais de 20 anos! Ora, isso para mim colocou muita coisa em perspetiva. Mas quando percebi que todo o crescimento deles era orgânico, não tinha sido conseguido através de injeção de capital de alguma grande empresa, fiquei definitivamente de boca aberta.

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Confesso que fiquei surpreendido com essa informação e senti-me inspirado a perceber um pouco melhor qual o trajecto e qual a chave do sucesso deles.

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Um pequeno resumo da história da Supreme

Bom, a Supreme nasceu em 1994, em Nova Iorque, como uma loja virada para o Skate e streeewear. Ao contrário do que se possa esperar, não nasceu necessariamente enquanto marca de roupa. Na verdade eles até vendiam roupa de outras marcas de streetwear da altura. As t-shirts Supreme nasceram principalmente como “marca branca” da loja, como acontece com muitos dos nossos clientes (podemos destacar a Surf Milfontes ou a Secret, marcas feitas como complemento de uma loja física já existente). Como era uma das poucas lojas de streetwear virada para o skate na altura em NY, tiveram algum sucesso de imediato, com um “following” fiel, baseado principalmente em “miúdos” que iam para a loja ver vídeos e passar lá um bom bocado à conversa.

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Este sentimento de “comunidade” veio-se manifestando ao longo dos anos, com óbvios benefícios para a marca. Tendo a comunidade crescido, a base de compradores tornou-se maior. O segredo da Supreme esteve em manter-se fiel à sua cultura de skate. Isso permitiu que a sua base de fãs se fosse renovando sem que houvesse exaustão da marca (apesar das ilustrações não sofrerem grandes modificações ao longo do tempo).

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Outro dos grandes segredos da Supreme foi ter artigos de qualidade sem cobrar demasiado por isso. Ou seja, sempre tentaram ser justos com os preços. Afinal, os praticantes de skate não são conhecidos por serem uma comunidade abastada. Este foi e é um ponto importante para qualquer marca, o saber quem é o público alvo e quanto lhe cobrar. É algo que já falámos em diversas situações aqui no blog e em vídeo no nosso canal de Youtube.

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Como é que a Supreme cresceu tanto?

Bom, este é o segredo, não é? Sinceramente, se soubesse já teria a minha própria loja e não estaria a escrever este artigo. O que sei é que há alguns factores essenciais que eles conseguiram conjugar.

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- Nunca se esqueceram das suas raízes. Os fãs deles eram e continuam a ser os skaters. Naturalmente hoje a marca virou mainstream e estendeu-se a outro tipo de pessoa, mas continuam a fazer os artigos a pensar em quem foram e continuam a ser.

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- Não há restocks. Esta foi uma das minhas maiores surpresas mas faz todo o sentido. Ao contrário de uma grande percentagem das marcas, a Supreme não faz restock dos artigos que mais vende. Consegues compreender como é uma tentação, certo? Descobres um design que toda a gente quer, naturalmente quererás capitalizar nisso e fazer mais t-shirts quando as primeiras esgotarem. Ora, a Supreme não o faz. Quando algo esgotou, foi para sempre, não há segundas edições. Isso faz com que os clientes sintam uma “urgência” em comprar aquela roupa que não sentiriam noutras marcas.

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- Fazem edições limitadas. Este vem por acréscimo do ponto indicado acima. Não só não fazer segundas edições como mesmo as primeiras continuam a ser extremamente limitadas. Não é por terem mais clientes que fazem quantidades superiores de mercadoria. Esta venda limitada faz com que toda a gente queira a marca.

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- Não têm roupa à venda em outras lojas. Ao contrário do que é comum, a Supreme não tem a sua roupa à venda em outras lojas e grandes retalhistas. Tudo o que eles vendem é nas suas próprias lojas (e existem só uma mão cheia em todo o mundo) e na loja online. Nada mais. É o tipo de exclusividade que está ao alcance só de alguns.

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- Quando lançam uma coleção, não lançam tudo junto. Este é um ponto interessante. A procura de artigos Supreme é tanta que quando lançam uma coleção, não a lançam toda de uma vez. Em vez disso vão lançando um artigo de cada vez, a todas as quinta-feiras. Ou seja, todas as semanas há uma nova fila à porta das suas lojas para comprar novos artigos deles. O Stock está sempre em movimento.

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- Fazem colaborações com outras marcas. Este é um ponto algo complicado e que ainda não percebi bem. O estatuto da Supreme elevou-se tanto que se podem dar ao luxo de fazer colaborações com outras marcas, elevando não só o seu próprio estatuto como o das outras marcas. Um dos últimos exemplos é uma colaboração com a Louis Vuitton, uma marca com uma fan base totalmente diferente da deles. Porquê? Não sei!

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Não há uma fórmula exacta para este hype todo e para a fama de uma marca. Deste lado e com informação limitada, assumimos que a preserverança + manutenção das raízes da marca são os pontos essenciais. Vemos muitas marcas de roupa a abrir e a fechar demasiado rápido. Há pouca paciência para esperar pelos resultados. A Supreme esperou 10+ anos até começar a realmente ter sucesso e quase 20 anos para se tornar numa marca de culto. Isto não está ao alcance de qualquer um e é muito exigente. Juntando a esta preserverância o conceito de “edição limitada” que eles sempre tiveram, conseguiram resultados incríveis e estão dar cartas no mercado internacional, expandindo-se por todo o mundo.

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